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BIA-ALCL

Nosso sistema linfático é um conjunto de vasos que fazem circular um líquido chamado linfa e os glóbulos brancos, que são células de defesa. Esse sistema é importante em auxiliar o corpo nas defesas contra agentes estranhos e infecções.

O que acontece é que células desse sistema podem sofrer mutações (alterações), se multiplicam e se disseminam no nosso organismo, gerando um tumor chamado LINFOMA.

Existem diversos graus de agressividade e são divididos em 2 grandes grupos: HODGKIN e NÃO-HODGKIN.

Os não Hodgkin são mais comuns e o BIA-ALCL (linfoma anaplásico de células gigantes) é desse tipo. Não é câncer de mama, mas sim do sistema imunológico.

Os implantes de silicone sofrem o processo de gel bleeding, ou seja, micropartículas de silicone extravasam pelos poros do invólucro e vão para órgãos e tecidos diversos.

Acontece que a cada situação em que isso ocorre, o corpo inicia uma batalha para combater esse vazamento e forma-se um nódulo. Ao longo do tempo, esse nódulo vai se juntando a células de defesa formando as células gigantes. E nosso organismo tem um desequilíbrio entre as defesas demandando recrutar as células ainda imaturas.

Uma outra possível explicação para sua causa seria o biofilme (camada de bactérias que se aderem ao redor dos implantes) causando inflamações recorrentes e ativando cronicamente o sistema imunológico. Associam que quanto mais textura o implante apresenta, maior o risco de linfoma.

Os sintomas incluem inchaço persistente, dor na área dos implantes, nódulos e “seroma”* tardio!

*não é um seroma verdadeiro

            O diagnóstico é realizado pela coleta de líquido (“seroma”) ou pela peça cirúrgica que são enviados para exame, mas também há sinais na ressonância magnética que podem auxiliar.

O tratamento é o explante em bloco, já que em grande parte das vezes o linfoma está contido pela cápsula. Mas ainda assim há casos que precisam associar outros tratamentos como quimioterapia, radioterapia e transplante de medula.